terça-feira, 22 de março de 2011

Dúvida...

Qual o objetivo disso tudo (vida)? Pq estou aqui, para onde irei, depois daqui vem o q... Ás vezes eu paro... penso... e não chego a conclusão nenhuma... esta dúvida  me atormenta... será q é o tal espinho na carne?
Realmente eu não compreendo nada disso...



Certo dia meu marido me disse:
" - te conheço apenas em dois estados: de crise moderada e grandes crises"
Tenho que concordar... tenho uma quantia de crises absurdas, em níveis profundos, questionamentos quase que insolúveis, descabidos... será q um dia isto passa? Acaba? Será q um dia eu me encontrarei, me sentirei no trilho, indo no caminho que é para ser? Ou isso é ilusão, fantasia, coisa da minha cabeça e eu já estou lá? Eu tenho uma sensação de inadequação tremenda, de não ter me achado,  de morar numa estranha, isso é muito estranho! Nem com todos os sinais eu percebo a resposta... e aí vou vivendo os anos assim... divagando, repensando, me buscando e me perdendo...

quinta-feira, 3 de março de 2011

Mais criatividade PELOAMORDEDELLLLLS!

Ótima satira as propagandinhas toscas!!! Adorei!!!

A Day Made of Glass ... Possibilitada pela Corning.

Olá pessoal, fou falar de um vídeo q minha amiga  Ari  me enviou hj de manhã!!








Achei a idéia é ótima, a propaganda super mega bem  feita, mas  alguns itens não iam funcionar pra mim, imagina eu ainda  sonolenta e irritada de manhã tendo q responder sms, ou sei lá q merda é aquela no espelho, coisa de trabalho, já ia ser demitida sem precisar sair de casa... Nem bem saiu da cama e tem q responder para o chefe?
Aliás um comentáriozinho maldoso: mesmo com tanta tecnologia a mulher dorme com um pijamão horrível, deve ser o anti-concepcional do casal rsss

 Na cozinha (aliás achei q ele ia preparar uma vitamina e pimentão para o café da manhã, dps me liguei q era o almoço rsss) o cara atende o tel, sabe lá o q é vc não estar a fim de falar com sua sogra, mãe ou qq outra pessoa e de repente ela ta instalada no balcão da cozinha se espalhando como o universo, como se esconder? Não ia dar certo tb rs
Achei lindo aquele fogão, mas se estivesse bêbada certamente estaria até o dia do juizo final tentando achar onde liga.
Odiei a menina porca q coloca as chuteiras em cima da bancada de refeição, pode ser bactericida e o caralho, educação é tudo.


O carro é ótimo, vai sozinho! Amei, ainda mais q sou  meio perdida! Será q funciona quando tem enchente? (olha os pensamento de pobre kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk)!!

Não gostei das lojas, as propagandas te invadem demais, ficar vendo aquela  modelo fazendo gracinha em todo lugar provavelmente iria me dar nos nervos, ainda mais se fosse uma propaganda q odeio como aquela do congate total 12, ia sair correndo e comprar algo num camelô pra ter mais privacidade.

E por fim o livro, mano q aquela folha de plástico q vira um livro? Pára, no dia q acabar a bateria to fudida! Sem contar q não ia ficar nada organizado em prateleiras visível aos meus olhos pra saber oq pego pra ler, ia ser um monte de pástico jogado pela casa q provavelmente a faxineira ia jogar fora, enfiar em algum canto. Não, eu gosto mesmo é do cheiro do papel, dobrar a página com uma orelha pra marcar, rasbicar o canto, grifar, fazer halterofilismo com o livro no metrô!

Imagine se toda esta tecnologia desse probelma como o touch do meu celular esta dando, certamente ia ter um derrame de tanto nervoso, mas pelo menos ia usar o banheiro em paz sem ter q responder a nada rssss

É um mundo feliz q funciona quando vc não está de mau humor, chego a esta conclusão!!! NÃO ESTOU PREPARADA PRA TANTA TECNOLOGIA! Prefiro ainda tater, cheirar, quem sabe em outra vida!?

quarta-feira, 2 de março de 2011

Black Swan






Bom, aí vai um filme q super recomendo! Enrolei bastante pra assistir e confesso q só o balé me fazia querer vê-lo, mas enrolei bastante e passado o Oscar e Natalie Portman ter ganhado, ainda sim estava desanimada. Por fim, peguei uma enchente e fiquei presa no shopping com o Durval, aí fomos ao cinema!
Filme maravilhoso, não sei se Natalie Portman aprendeu a dançar, se sabia dançar ou se foi duble, não interessa, mas q convenceu,  convenceu, opa e como! E olha q entendo um pouco de balé.
Achei incrível a fotografia, a granulação inicial, deliciosa, de uma harmonia deliciosa mesmo de ser observada, simplesmente amei. Amei as tomadas de cena, bruscas, sem aquele jeitão de coisa filmada no tripé. As cores, o ritmo, adorável!
Mas o q realmente me interessou foi a história, quando saí do cinema até comentei com Durval q nem um terço dos expectadores ali tinham compreendido metade do que se tratava o filme! Dito e feito, nem bem saí do cinema, o menino atrás comentava com a namorada que o filme era de auto-ajuda(!), meu filho, vc obviamente na está preparado pra este tipo de filme.
O filme escancara comportamentos que quase todos nós temos em grande ou pequena escala, ele abre as portas para nos observarmos de forma bem intensa. A personagem Nina é perfeccionista, tem baixa auto-estima – daí vem o desejo de ser perfeita assim sendo acredita que será aceita. É infantil, têm problemas com assumir responsabilidades e crescer, amadurecer, o q é agravado pela sua mãe, que a trata como uma menininha, assim pode  mantê-la nas  rédeas curtas. Mãe esta que é uma frustrada, invejosa, que a culpa pela perda de sua carreira, sendo q quando Nina nasceu, a carreira da  mãe além de nunca ter embalado, não se perdeu por cota da idade avançada para o balé.
Devido a este auto-desconforto, ela tem problemas com sua sexualidade, aliás, com qualquer tipo de prazer, ela nega-se ao prazer, ela não gosta de receber nada de ninguém.  Numa cena a mãe lhe oferece um pedaço de bolo em comemoração e ela se nega a comer. Em várias cenas do filme o q ela come ela vomita.
Quando é escolhida para ser a rainha cisne, tem q interpretar o cisne branco e o cisne negro, a boa e a má – definição paupérrima, eu sei, mas pra compreenderem a dualidade. O cisne branco ela interpreta bem, segundo o cara do filme, mas o negro não, pq lhe falta tempero, sensualidade, ardil, aquele plus sabe, né? A personagem é uma sonsa filha da puta de carteirinha minha gente! Sabe aquela sonsa, com cara de sonsa, q fala baixinho, está sempre de roupa clarinha, diz amém pra tudo e recalca tudo, pois é, é ela! Uma infeliz q só sabe recalcar! Ela se vitimiza demais, chora, faz draminha e leva fumada do diretor do balé, claro,a final não dá pra ser o cisne negro fazendo draminha e se vitimizando!
O filme além de falar das sonsas e como elas se dão mal na vida, sonsas, enrustidas, recalcadas, fala tb da vitimização e da auto sabotagem. Esta última tratada de uma maneira super clara! A personagem se sabota demais e o diretor mesmo comenta – algo do tipo - que ela é a única  que está entre ela e o sucesso. Como ela não confia em si mesma, usa de toda a técnica do balé pra dançar bem, mas balé sem emoção não é balé. A colega dela cativa, mesmo dançando sem tanta técnica,mas a energia dela cativa, enfeitiça, pq ela se solta, deixa-se ser ela mesma,  curte o que faz,  está na dela, plena e feliz, sem ligar se amam ou odeiam ela, ela é. A personagem Nina, que nem sabe ao certo o q é, encontra-se perdida, pq ao despir-se da técnica pra dançar, resta o q? Nem ela sabe.
Falando de auto sabotagem, ela se machuca direto, se arrebenta legal e mesmo quando não, em seus delírios mórbidos ela se fere, se agride. Tb perde a hora de ensaio, ou apresentação, enfim, se “embaça”.
Muitas pessoas têm estes pensamentos mórbidos, poucos admitem. Quantas vezes ao atravessara rua, na mente  vem uma escânia e nos arrebenta? Está voando de avião e imagina que o avião vai cair, ou vc morre eletrocutado no banho, ou sei lá mais o que!!!! Mas estes pensamentos mórbidos  todos nós temos e a personagem tem e nos é mostrado! Passamos rapidinho por eles, fingimos que não temos, mas temos. O filme escancara isso.
A alergia q ela tem nas costas, lembra uma pele de ave, ela incorpora a personagem desta maneira, na verdade é uma somatização. Na história da ópera de Thaicovsky a heroína vira um cisne, no filme, a pernonagem somatiza, a doença “cisne”.
A mãe é outra participante deste ambiente doente, a trata como um neném, tira toda a liberdade dela, a personagem Nina é totalmente invadida, a desculpa da mãe são os infinitos cuidados  maternais e o amor imenso. Pois é, mais uma vez estamos vendo aquela típica pessoa controladora, invejosa que se disfarça na grande mãe amiga, que cuida, que ama, que se dedica. É uma puta relação doente, de parasitismo!
As pessoas se chocaram com a cena que ela recebe um sexo oral da colega de balé, que na verdade achei uma cena bem tranqüila, vemos  outras bem mais elaboradas em filmes pornôs, ahhh mas o q seria do cinema se não fosse o bom,velho e falso moralismo não é mesmo? Quantas pessoas que criticaram não  tem algo ali enrustidinho? Vamos concordar, faz diferença orgasmo com a amiga, sozinha, com o namorado? Para vai. A cena ali se tratava dela se masturbando, aquela  do sexo oral é ela mesma, o lado dela que deixa  as coisas rolarem, tanto fica claro q a colega nem dormiu em sua casa! Cena bem mais chocante, nem sei se chocante seria  o termo adequado, mas, inesperada, de boa sacada, foi ela se masturbando, mega empolgada e quando olha para o lado está sua mãe dormindo na cadeira. Ela se assusta, mega broxa, fica retraída, se encolhe pra dentro da concha da sua alma como se estivesse fazendo algo super errado. A tal da mãe sufocadora!!!  Pra mim, uma bruxa. Aliás, falando de inquilinos mentais, a voz da mãe fica ecoando na mente da Nina! Quantas vezes a voz de seus pais ficam aí te atazanando, não te deixando fazer nada em paz?
Bom, a personagem é dada a cometer pequenos delitos, como furtos, ela rouba objetos de uma outra grande bailarina q vai se aposentar e ela substitui (atriz Winona Rider), tentando assim, ser “perfeita” como ela.
O auge todo está rolando, ela começa a ter delírios ou é a imagem explícita do q acontece em sua mente perturbada, mostrada pra nós, onde ela vai se transformado  em um cisne negro! Achei ótima a demostração, pois quando deliramos, viajamos mesmo, neste nível, mas nem de longe falamos, imagina né? Vc aí admitir suas birutices mentais, ta bom!
Rola uma luta interior entre a travada infantil e a madura solta e ardilosa, elas se pegam direto. Na verdade, ela não consegue elaborar isso bem, pq as duas são um só, tanto o cisne negro e branco são a mesmíssima pessoa, não rola nada esquizofrênico  e sim uma sonsa enrustida que é uma pessoa filha da puta, auto-sabotadora, invejosa, vitimizadora, ardilosa e age assim pq não tem coragem de se assumir como é. A outra hipótese é que se mostrar o seu lado ardiloso, perverso, doentio, faz com que as pessoas tenham muita cautela com ela, aí perde-se o elemento surpresa. É muito mais vantajoso ser sonsa, pseudo-meiga, vítima, coitada, pq aí todos (os desavisados e ingênuos) lhe dão um tratamento especial, lhe poupar e ela vai poder certamente se aproveitar desta, vamos dizer, cegueira alheia e aprontar das suas.
Bom o final só poderia ser aquele mesmo, a morte dela na sua grande noite. E pq Ivi? Oras eu respondo! Se ela fizesse um tremendo sucesso, se ela começasse a assumir seus lados, se elaborar melhor, iria ter problemas com a mãe  q faz de conta que não vê que ela é adulta, por ser conveniente e Nina ainda quer ainda ser o neném da mamãe.  
Imagine ela bem resolvida com sua sexualidade, seu corpo, o q aconteceria? Provavelmente teria parceiros pra escolher, para serem seus namorados, marido, etc, isso implica em  amadurecer, assumir relacionamentos e mantê-los: coisa de gente grande. Mas o que ela não conseguiria mesmo seria lidar com a situação mais crítica de todas, a que realmente testa maturidade de qq um ser: aceitar que as coisas um dia acabam. Pois é, acabam mesmo, e ela deixaria de ser uma bailarina um dia,  deixaria de ser a estrela do show por diversas razões e  seria substituída assim como a personagem de Winona Rider foi. Isso é muito para a cabecinha infantil dela. Resta apenas morrer e não lidar com nada disso. Morrer no auge, de forma dramática e inesquecível (mal sabe ela q futuramente só se lembrarão dela “male má” no aniversário de vida e de morte!) e não lidar com a mudança, o fim, estas coisas de sempre que mesmo assim penamos!