quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Loretta Lux

A primeira vez q vi as imagens de Loretta Lux, apresentadas num seminário na escola de photo, fiquei encantada, admirada, muda, atônita, em dúvida, estranha.
Não sei o q acontece, é estranho, aliás a única palavra q consigo dizer é esta "estranho", não no pejorativo, claro, mas estranho de estar fora de mim e amaria introjetar, estou a tentar, confesso.
Claro q reduzir o trabalho magnífico desta excelente artista a "lindo", "fantástico" e "estranho" é duma pobreza absurda, na verdade o trabalho dela, quando o vejo, não consigo expressar o q me passa a cabeça, além do estranho rs,  pq é de uma perfeição,  frieza,  beleza delicadeza e de um distânciamento... acho q por isso q me vêm a palavra estranho, pq é tudo distante, os olhares, lugares, a ausência de emoções nos modelos - e conseguir isso com crianças, uiuiuiui!
Não sei e nem vou tentar, tirem suas conclusões.
Sei q rolam altas super mega pós produções, segundo me contaram, mas tão nebuloso é o processo quanto meus sentimentos com relação as obras.

Segue aí abaixo (nossa!! Parece e-mail de empresa, não?) algumas coisas q busquei sobre ela! bjs e divirtam-se!

Loretta Lux

1969 born in Dresden
1990-96 studied painting at Akademie der Bildenden Künste,
Munich with Gerd Winner
2005 Infinity Award for Art, The International Center of Photography, New York
Solo Exhibitions
2010 Galleria Carla Sozzani, Milan
2009 Kulturhuset, Stockholm
2008 MARCO, Museo de Arte Contemporaneo Monterrey, Mexico
2007 Musée de l´Elysée, Lausanne
2006 Yossi Milo Gallery, New York City
2006 Manezh Central Exhibition Hall, Moscow
2006 Hague Museum of Photography, The Hague
2004 Torch Gallery, Amsterdam
2004 Yossi Milo Gallery, New York City
Selected Group Exhibitions


2011

“What’s in a face”, Art Gallery New South Wales, Sydney

“Out of here - The Collectors Show”, Vanabbe Museum, Eindhoven, The Netherlands
"The Art of Caring: A Look at Life Through Photography" The Museum of South Texas, Corpus Christie, TX
"From Our Collection: Portraits" The Glenbow Museum, Calgary, Canada
"The Art of Caring: A Look at Life Through Photography" Museum of Art, Fort Lauderdale, FLA
"Mannerism & Modernism: The Kasper Collection of Drawings an Photographs" The Morgan Library and Museum, New York, NY
"Identity, Photographs in the Grazyna Kulczyk Collection" Art Stations Foundation, Poznan, Poland
"Von Engeln und Bengeln, 400 Jahre Kinder im Portrait" Kunsthalle Krems, Krems, Austria

2010
"Danica Dakic, Loretta Lux, Anu Pennanen" Vantaa Art Museum, Vantaa, Finland
"Masterpieces from the National Museum of Art, Osaka" The Miyagi Museum, Sendai, Japan
"Present Tense: An Imagined Grammar of Portraiture in the Digital Age" The National Portrait Gallery, Canberra, Australia

2009
"Collection" The National Museum of Art, Osaka

2008
"Collecting Collections" Highlights from the Permanent Collection of The Museum of Contemporary Art, Los Angeles

2007
Family pictures” Contemporary Photography and Video from the Guggenheim Collection, Guggenheim Museum, New York
“All the More Real: Portrayals of Intimacy and Empathy,” Parrish Art Museum, Southampton, NY
“Perceptiones. Itinerario Selectivo”, Fondos de Fotografia de la Coleccion Permanente, Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid
“Pretty Baby", Modern Art Museum of Fort Worth
“Global Feminisms” Brooklyn Museum of Art

2006
“In Sight: Recent Additions to the Permanent Collection", Museum of Contemporary Photography, Chicago
“Infinite Painting", Villa Manin, Centro D'Arte Contemporanea, Italy
Zwischen Wirklichkeit und Bild”, Museum of Contemporary Art, Kagawa, Japan
Zwischen Wirklichkeit und Bild”, The NationalMuseum of Modern Art, Kyoto, Japan

2005
Mixed-Up Childhood" Auckland Art Gallery, New Zealand
Zwischen Wirklichkeit und Bild”, The NationalMuseum of Modern Art, Tokyo, Japan
Simulacrum: Portraiture in the New Mllenium”, Society for Contemporary Photography, Kansas City
Family pictures” Contemporary Photography and Video from the Guggenheim Collection, Galleria Gottardo, Lugano, Switzerland
Contenance - Fassung Bewahren”, Württembergischer Kunstverein, Stuttgart
Through the Looking Glass: Childhood in Contemporary Photography”, Lewis Glucksman Gallery, Cork, Ireland
the childrens hour”, Museum of New Art (mona), Pontiac, MI
Boost in the Shell”, De Bond, Brugge, Belgium
Focus on: New Photography”, Norton Museum of Art, Palm Beach, Florida
Contiene Glutamato”, Galeria OMR, Mexico City

2004
Changeling”, ACP Australian Centre for Photography Sydney
About Face: Photographic Portraits From the Collection”, The Art Institute of Chicago
About Face”, Hayward Gallery, London
"Making Faces", Musée de l'Elysée, Lausanne, Switzerland
“The Picture of Innocence”, Frist Center for the Visual Arts, Nashville, Tennessee
"La Collection Ordonez Falcon", Le Botanique, Brussels

2003
“By The Sea”, Yossi Milo Gallery, New York City
“Ninos”, Centro de Arte de Salamanca, Salamanca, Spain




artista, crianças, fotografia, infância, loretta, lux, pintura, retratos, surrealismo
© Loretta Lux, "Troll" 2 (2000) - Courtesy of the Artist and Yossi Milo Gallery, New York

Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2011/08/as_criancas_surreais_de_loretta_lux.html#ixzz1cbM635VO
publicado em fotografia por tuane eggers
“Imagens não podem ser reduzidas a palavras”, é o que diz a fotógrafa hiper(sur)realista Loretta Lux. Talvez seja essa a dificuldade que sentimos de expressar em palavras os sentimentos causados pelas imagens de Loretta.

           Loretta Lux, artista alemã, é um dos grandes nomes da fotografia mundial. Os seus retratos surrealistas misturam fotografia e pintura, e as crianças são a imagem de marca da artista. Loretta nasceu em 1969, na então Alemanha Oriental. Suas referências, alimentadas pelos avós, vinham das artes plásticas.
         Foi somente após um longo trabalho como pintora que Loretta ingressou no universo na fotografia, quando já estava nos 30 anos. Criou um novo universo. Segundo a própria artista, seus retratos são imaginários, porque não são de fato sobre as crianças que fotografou. Para ela, uma obra de arte precisa transcender o seu tema. “As crianças em minhas imagens servem como metáfora para a inocência e o paraíso perdido da infância”, explica.
Embora o processo de trabalho, que implica fotografia com tratamento de pintura reconstruída no computador, conte com toda a tecnologia avançada, a artista pode passar meses trabalhando em uma única imagem. Loretta não capta a imagem de ninguém sem que haja consentimento, por isso as crianças retratadas por ela são próximas – e todas elas são apresentadas com seus próprios nomes.
           As crianças de Loretta Lux mais parecem adultos. Seus olhares transmitem sentimentos e conflitos comuns, nos parecem frágeis e autossuficientes ao mesmo tempo. São retratos de tempo inexistente, que buscam gerar dúvidas em algo que achávamos ser conhecido. Suas cores são silenciosas e leves, mas possuem uma densidade difícil de explicar – basta ver e sentir. Como a própria artista define, “imagens não podem ser reduzidas a palavras”.


artista, crianças, fotografia, infância, loretta, lux, pintura, retratos, surrealismo
© Loretta Lux, "Lois" 2 (2000) - Courtesy of the Artist and Yossi Milo Gallery, New York

artista, crianças, fotografia, infância, loretta, lux, pintura, retratos, surrealismo
© Loretta Lux, "Study of a Boy" 3 (2002) - Courtesy of the Artist and Yossi Milo Gallery, New York

artista, crianças, fotografia, infância, loretta, lux, pintura, retratos, surrealismo
© Loretta Lux, "At the Window" (2004) - Courtesy of the Artist and Yossi Milo Gallery, New York

Entrevista | Loretta Lux


          A artista alemã Loretta Lux é uma das convidadas internacionais do 5º Paraty em Foco e Eduardo Muylaert irá entrevistá-la sobre o tema Inocência e Desconforto.
Confira aqui uma entrevista que Muylaert fez com Loretta para o blog do Paraty em Foco. É uma prévia de uma das convidadas mais esperadas do Festival.




Loretta Lux
Self-portrait, 2007
Fujiflex Print
© Loretta Lux, Courtesy Yossi Milo Gallery, New York and Torch Gallery, Amsterdam
Loretta Lux
At the Window, 2004
Ilfochrome Print
© Loretta Lux, Courtesy Yossi Milo Gallery, New York and Torch Gallery, Amsterdam


1. Seu tema é realmente a infância e seu mistério, como escreveu Francine Prose ? Seu trabalho é relativo ao passado, presente e/ou futuro? (Francine Prose, no ensaio introdutório “Retratos Imaginários” , Loretta Lux, Aperture, 2005).
Meu tema é o desamparo do homem no mundo, o absurdo da existência humana. Crianças são um sub-tema. Meu trabalho se refere tanto ao passado como ao futuro; o presente é difícil de apreender. Você não consegue se encontrar no presente, embora muita gente vá nessa direção. Um ser humano se define através de suas experiências passadas e de seus objetivos para o futuro. Num criança você pode ver pistas do adulto que se tornará, e no adulto você vai encontrar traços da criança que ele costumava ser. As experiências da primeira infância formam uma pessoa mais do que qualquer outra coisa. Isso é o que a infância torna tão interessante para mim. Também, é ótimo trabalhar com crianças. Elas não tem expectativas prévias e não se preocupam com as aparências.

2. Se Velázques, ou Goya, ou Rubens, estivessem vivos, você supõe que eles se reconheceriam no seu trabalho?
Se eles estivessem vivos hoje, provavelmente fariam um trabalho diferente.

3. É verdade que seu estúdio é bem descomplicado, que você não usa muitos tipos de iluminação, que você acha que às vezes um pequeno toque é a técnica mais efetiva para o aperfeiçoamento digital do trabalho? Então, como você chega a uma tão sofisticada e mágica arte do retrato?
Sim, meu estúdio é realmente descomplicado. Nos primeiros anos, eu nem tinha iluminação de estúdio e só usava luz natural. Eu ainda acho que a luz natural é a mais bonita, mas nem sempre tenho paciência de esperar pela perfeita situação de luz. É por isso que uso luz artificial agora. Quanto ao trabalho digital, eu apenas levo bastante tempo. Vejo as imagem em progresso e comparo os diferentes estágios. Gosto de ter meu tempo e nunca corro com uma imagem. O motivo pelo qual muito da fotografia digital parece porcaria é porque freqüentemente é pesada, exagerada, e parece falsa a centenas de metros de distancia. Eu prefiro um trabalho sutil, bem pensado.
Loretta Lux
Isabel 1, 2009
Fujiflex Print
© Loretta Lux, Courtesy Yossi Milo Gallery, New York and Torch Gallery, Amsterdam


Loretta Lux
Portrait of Antonia, 2007
Ilfochrome Print
© Loretta Lux, Courtesy Yossi Milo Gallery, New York and Torch Gallery, Amsterdam

4. Philip Gefter (Photography after Franck, 2009) cita os “efeitos sobrenaturais” dos seus fundos. Jonathan Lipkin (Photography Reborn, 2005) situa seu trabalho no capítulo do “sublime tecnológico”, com sua “Dorothea, 2001” na capa do livro. Essas análises têm relação com as suas próprias percepções? Elas tem a ver com sua passagem da pintura para a fotografia? É uma passagem só de ida?
Sim, essas análises são excelentes. Estou muito satisfeita com elas. Passei da pintura para a fotografia porque não me dava bem com o processo físico da pintura, o manuseio dos materiais, tais como tinta, óleo e terebintina. Não é necessariamente uma passagem só de ida. Henry Cartier-Bresson deixou de fotografar aos 70 e voltou à pintura e desenho. Ele não teve o mesmo reconhecimento na pintura que teve nas suas fotografias, mas ele fazia o que queria fazer, e isso é o que conta. Pessoalmente, eu acharia difícil voltar para a pintura. O que eu gosto tão mais no meu atual processo de trabalho é que posso fazer dúzias de versões de uma imagem e salvar, comparar e retrabalhá-las como quiser. Com a pintura, não se pode retirar camadas e camadas de tinta tão facilmente. Pintura, em comparação, é complicada e bagunçada.

5. Michael Fried pergunta num livro recente “Porque a fotografia importa como arte como nunca antes?”(Yale, 2008). Você tem uma resposta para essa pergunta?
Eu não sei se ou porque a fotografia importa como arte como nunca antes; é só o titulo de um livro. Fotografia, com certeza, é largamente praticada e muito popular entre colecionadores. Fotografias são muito mais fáceis de produzir do que pinturas, mas é também mais difícil desenvolver seu próprio estilo como fotógrafo. Há uma imensa torrente de fotografias, especialmente as medíocres. Quanto a colecionar, fotografias são mais fáceis de cuidar do que pinturas ou esculturas. Elas requerem menos espaço, envelhecem melhor e normalmente são substituíveis. Também são reproduzidas melhor em livros e revistas.

6. O Time classificou você como um “fenômeno do mundo da arte”. Antes dos quarenta, seu trabalho já estava nos mais importantes museus e coleções, você tinha recebido os prêmios mais importantes e se tornado uma superstar no mercado da arte. Isso não é um pouco apavorante? Como você lida com a fama?
Estou encantada com o sucesso e honrada pelo fato de que tanta gente reage a e é capaz de se identificar com o trabalho. Na verdade comecei a fazer esse trabalho em 1999 quando encontrei meus marchands Yossi Milo e o hoje falecido Adriaan van der Have. Fico gratificada com o fato de que a reação ao meu trabalho tenha sido forte e positiva, e fico lisonjeada com os artigos e criticas nos Estados Unidos, America do Sul, Europa, Austrália, Nova Zelândia e nos outros lugares. Entretanto, meu objetivo não é o de agradar o público, mas o de fazer o trabalho de que gosto. Não crio trabalho especificamente para o mercado, mas principalmente para mim mesma.

7. Nós certamente vamos te mimar em Paraty. Por ora, você tem algumas impressões sobre o Brasil, sua natureza, seu povo, sua fotografia, seu mundo da arte?

Estou muito animada com a viagem ao Brasil. Já estive na Argentina e no Uruguai e gostei imensamente. Quero ver mais da America Latina. Imagino que o Brasil seja muito bonito.

Leia também o original da entrevista, em inglês: loretta

Loretta Lux
Sasha and Ruby 1, 2008
Fujiflex Print
© Loretta Lux, Courtesy Yossi Milo Gallery, New York and Torch Gallery, Amsterdam




Loretta Lux
The Drummer, 2004
Ilfochrome Print
© Loretta Lux, Courtesy Yossi Milo Gallery, New York and Torch Gallery, Amsterdam



Loretta Lux
The Waiting Girl, 2006
Ilfochrome Print
© Loretta Lux, Courtesy Yossi Milo Gallery, New York and Torch Gallery, Amsterdam




back/zurück

"The Hush"
© 1999 Loretta


back / zurück

"Girl with a Teddy Bear"
© 2001 Loretta Lux


"Paulin"
© 2002 Loretta Lux






3 comentários:

  1. Que lindas as fotos. Mas, que olhar triste dessas crianças...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    2. Olha só querida, o que a própria Loretta falou de seus trabalhos:

      "Meu tema é o desamparo do homem no mundo, o absurdo da existência humana. Crianças são um sub-tema. Meu trabalho se refere tanto ao passado como ao futuro; o presente é difícil de apreender. Você não consegue se encontrar no presente, embora muita gente vá nessa direção. Um ser humano se define através de suas experiências passadas e de seus objetivos para o futuro. Num criança você pode ver pistas do adulto que se tornará, e no adulto você vai encontrar traços da criança que ele costumava ser. As experiências da primeira infância formam uma pessoa mais do que qualquer outra coisa. Isso é o que a infância torna tão interessante para mim. Também, é ótimo trabalhar com crianças. Elas não tem expectativas prévias e não se preocupam com as aparências."

      Excluir