quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Hipnose negativa – O mundo temível das bactérias


Ok!! Vamos inaugurar o blog com um tema muito bacana, a hipnose! Vou fazer uma leve explanação sobre o q é a hipnose e como acontece a hipnose negativa no nosso dia a dia. Quem quiser se aprofundar, visite as fontes!

Este post nasceu da observação de como a mídia  sataniza as bactérias e outros microorganismos (irritantemente chamados de germe, termo este extinto da microbiologia a muitos anos). Ultimamente está acontecendo uma divulgação pesada que as bactérias e 'germes' são entidades malévolas e vão nos matar, ou  no mínimo nos deixar terrívelmente doentes (As pessoas nem sabem direito o q são germes, pra elas deve ser algo minúsculo e demoníaco!).
Reparei q as propagandas dos sabonetes Dettol, Protex, Lifebuoy (odeio este nome), ou cremes dentais como Colgate entre outros, além do Fantástico falando horrores aos domingos, reforçam isso, mas, SE USARMOS estes produtos seremos salvos! Grandes mentiras! Vou postar alguns comerciais e escarafunchar esta grande marmota midiática!


Confiram:

O QUE É HIPNOSE?

A hipnose é uma técnica de indução do transe (que é um estado de relaxamento semi-consciente) com manutenção do contato sensorial do paciente com o ambiente, caracterizada por um estado de profundo relaxamento onde o paciente mantém a lucidez e se mostra altamente responsivo às sugestões, se pode observar que existe um aumento da capacidade de concentração
O transe é induzido de modo gradual e por etapas, através da fadiga sensorial, que geralmente é provocada pela voz calma, monótona, rítmica e persistente do hipnotizador. Estabelece-se um estado de alteração de estado da consciência, um tipo de estado que simula o sono, mas não o é (lembramos que a pessoa não “dorme” na hipnose): o eletroencefalograma (EEG) do paciente sob hipnose é de vigília, e não de sono.
A hipnose nada mais é que uma forma de comunicação, ou seja, uma forma de fazer comum, que provoca mudanças e transformações, levando o indivíduo a prática do pensar sobre si mesmo e por si mesmo.
A nossa mente inconsciente é uma espécie de reservatório onde temos alojado as nossas convicções, hábitos e comportamentos. A hipnose possibilita, de uma forma natural e segura, aceder a esse manancial de informação, com vista a libertarmo-nos de velhos padrões de crenças e atitudes, muitas vezes limitadoras, reprogramando o indivíduo para uma maior valorização pessoal, bem-estar e realização.
APLICAÇÕES DA HIPNOSE
A hipnose moderna tem sido usada, com sucesso, para construir a auto-estima, mudar hábitos, perder peso, paar de fumar, melhorar a memória, modificar problemas comportamentais em adultos e crianças, eliminar a ansiedade, medos, fobias, tratar a depressão, stress, preparar o sujeito para entrevistas, exames, etc.
MITOS E VERDADES SOBRE A HIPNOSE
Mito da Inconsciência - Muitos pensam que estar hipnotizado significa estar inconsciente. Há aqueles que até desejam ficar inconscientes para que "todos os seus problemas lhes sejam tirados". Na verdade, o transe hipnótico é caracterizado por uma dissociação consciente/inconsciente onde a consciência está presente, e é desejável que esteja para participar no processo de cura. Por estar vivenciando uma experiência agradável eventualmente, a pessoa não se lembra do que foi falado, porque ficou distraída com pensamentos, imagens ou sons.
Mito de Não Voltar do Transe - Se, eventualmente, por estar numa experiência muito agradável ou num transe mais profundo, a pessoa não aceitar a sugestão de voltar do transe, basta deixá-la mais algum tempo, e naturalmente, o transe hipnótico se transforma em sono fisiológico e ela acorda.
Mito de Ser Dominada Pelo Hipnoterapeuta - Na hipnose Ericksoniana o estado de transe é sempre uma auto-hipnose. O hipnoterapeuta é um facilitador, um companheiro de viagem, apenas alguém que está ao lado enquanto o inconsciente da pessoa trabalha.
Mito da Dependência - Um hipnoterapeuta cuidadoso tem sempre o cuidado de dar sugestões pós-hipnóticas de autonomia e liberdade. No dia a dia sua mente inconsciente pode continuar por si mesma com um processo natural e saudável de mudanças. Por isto a Hipnoterapia Ericksoniana é considerada uma terapia breve.
Mito de Que a Hipnose Possa Ser Prejudicial à Pessoa - O inconsciente é sábio e protetor, e absorve apenas aquilo que é saudável e útil. Naturalmente, como a hipnose é uma poderosa estratégia de comunicação com o inconsciente, só deve ser usado por pessoas devidamente treinadas, competentes e éticas. Uma pá é um excelente instrumento para remover terra, mas se for usado para atingir a cabeça de alguém pode matar.
Mito da Regressão - Hipnose não é regressão. A regressão é apenas um fenômeno hipnótico que pode ser usado quando necessário. Como dissemos antes, a hipnose é um fenômeno psíquico, um estado especial da mente que permite ações terapêuticas as mais diversas.
Quem nunca voltou do supermercado com coisas que depois, ao chegar em casa, não soube explicar por que comprou? Às vezes nem gostamos daquele produto, ou não precisamos dele, mas mesmo assim o compramos. Algumas pessoas dirão que compraram porque sentiram vontade. E a questão que se coloca é: de onde surgiu esta vontade? Será que as vontades que temos, como esta por exemplo, realmente nos pertencem?

Há algum tempo atrás foi realizada uma experiência que consistiu em exibir numa tela de cinema, durante um filme, a frase “coma pipoca”, em flashes tão rápidos que não fosse possível perceber conscientemente que a frase havia sido mostrada. O resultado desta experiência foi que apesar de não se lembrar da frase escrita, a maioria das pessoas foi comprar pipoca. (Isto é chamado de Propaganda Subliminar)

Há várias formas de fazer com que uma mensagem chegue ao inconsciente de uma pessoa. Uma delas é colocar esta pessoa num estado de relaxamento, semelhante aos momentos que antecedem o sono. Considerando que em geral as pessoas aproveitam para relaxar em frente a T.V., chegando às vezes a dormir, a propaganda na T.V. já conta com esta facilidade. É como uma sugestão hipnótica.

Pode-se também programar pela repetição. Para isto a mensagem deve ser repetida inúmeras vezes, em curtos espaços de tempo. Um exemplo são aquelas músicas (jingles) que, de tanto escutarmos em propagandas, ficamos repetindo mentalmente, às vezes durante horas. Até que um dia sentimos uma súbita vontade de comprar aquele produto.

O acesso ao inconsciente de alguém também é possível de uma maneira indireta, através da associação. Basta colocar um produto junto a símbolos já consagrados (por exemplo, cosméticos são apresentados junto a pérolas, a flores delicadas, e a pessoas famosas). Cria-se uma associação que a repetição se encarregará de consolidar. É possível ainda associar um produto a valores e sentimentos (cigarros são associados a status; alimentos a aconchego e alegria).

O tipo de imagem usado nas propagandas pode nos programar facilmente. Como são, por exemplo, as propagandas de alimentos? Em geral elas possuem imagens grandes, bem focalizadas, próximas, coloridas, brilhantes, ocupando o centro da tela. Porque é este o tipo de imagem que geralmente usamos para representar um alimento que decidimos comer urgentemente. Muitos dentre nós o imaginam exatamente desta maneira.

As seqüências de imagens são trabalhadas de forma que a sua rápida sucessão nos programe numa determinada direção. Como acontece com o formato: sempre que acontecer X, use Y e então tudo ficará bem. (Exemplo: propagandas de analgésicos).
E não poderíamos deixar de mencionar a propaganda da violência. Diariamente somos bombardeados com imagens, notícias e alusões à violência. Quando as nacionais estão escassas (o que tem sido raro), recorre-se às “importadas”. Que a violência é reflexo da crise social, política e econômica do país, isto todos nós sabemos. Questões ideológicas à parte, a verdade é que infelizmente as pessoas acabam se acostumando e achando que toda esta violência é natural. E poderão ainda refletir esta violência em seu próprio comportamento, dentro e fora de casa.

E retomamos a questão, agora num outro sentido: será que aqueles ímpetos de raiva que às vezes temos, aquelas vezes em que “explodimos” diante de algo ou alguém que nos aborrece, será que isto realmente nos pertence? Ou será um comportamento culturalmente aprendido, que dia a dia é reforçado (pela mídia, por outras pessoas, pelas instituições, etc.)? Será que estamos sendo programados para odiar pessoas, para reagir com agressividade?

Você poderá estar se perguntando se existe algo que possa ser feito para que não sejamos objetos passivos frente às influências aqui mencionadas. Esclarecemos que estar consciente em relação a elas já é um começo para outras alternativas que cada um poderá desenvolver a fim de assumir o controle de sua própria vida (e de suas próprias vontades, seus próprios comportamentos).
Não estamos aqui condenando a T.V. enquanto veículo de comunicação e nem a propaganda, afinal quem vende precisa divulgar. E quem compra pode ter a escolha de decidir o que e quando comprar. Com uma visão menos passiva e mais crítica, podemos pensar na T.V. como uma vitrine que reflete os valores de nossa cultura e que, inúmeras vezes, está a serviço do poder, ou defendendo os interesses de minorias abastadas, aquelas que se encontram no alto da pirâmide social e que precisam incentivar o consumismo de seus produtos por parte da “base”, da qual dependem diretamente para continuarem a existir…
DESMITIFICANDO A MARMOTA MIDIÁTICA
Esta parte q eu mais gosto!
Colgate total 12

Primeiro o dentista aborta a transeunte  pergunta como está a saúde da boca dela e tals. Aí ele pega um instrumento novo na história da microbiologia, super high tech (pra mim, mais parece um instrumento de ultrasson transvaginal rs) que mostra as bactérias na boca da moça. POR JESUS CRISTO!  Quanta asneira! Primeiro este instrumento é absurdo e irreal, pra saber as bactérias existentes em qq lugar do universo, é preciso colher amostras, olhar num microscópio e sras e srs usar coloração, sim coloração!  De Gram, de ZiehlZiehl—Neelsen, etc etc, cada qual para o tipo de bactéria ou análise desejada.
Outra coisa, interessante, o instrumento dele analisa somente bactérias, e fungos, vírus etc q ela pode ter lá tb? Só bactérias? Picaretagem.

A moça fica horrorizada quando vê na telinha a boca dela. O mais divertido é q o creme é dental, mas a gengiva está podre e não os dentes. Estranho.

Aí ela apavorada usa e volta lá coma boca praticamente estéril! Ulalá! O q me intriga é, onde foram parar as bactérias da escova de dente dela, da água, do ar – muuuuitas – e daquele instrumento nojento q ele deve ter passado na boca de meio mundo rssss. Não aparece!
Ridículo!

 
Sabonette Dettol

Microbiologista falando germe. Já começa aí a coisa bizarra, mas damos um desconto pq o intuito não é informar e sim vender sabonete.
Aí está a nossa microbiologista no laboratório com o jalecão aberto, toda calorenta! Gata, regra de laboratório é: jaleco fechado, sempre, é sua proteção. Se ela manipula tudo com o jalecão aberto nota-se q os “germes” não são tão malignos assim né! O filho porquinho não lava as mãos depois de brincar como cachorro e vai comer pipoca, aí, nota-se q casa de ferreiro espeto de pau. Vemos tb o cachorro sambando dentro de casa, eu acho uma porquice cachorro dentro de casa, mas nem por isso alguém fica doente.

E por último meu favorito:

Protex

Gente, elimina 99% das bactérias? O qq é isso? Iodopovidona??? Tiram as bactérias da minha pele? Mas a água do banho tem bactérias, o ar tem bactérias até a roupa q visto tem!!! Ué, logo a função é inútil! E os vírus, os fungos, os ácaros? Alguém pode me explicar? Não gente... piedade...

E por fim:

Os Benefícios das Bactérias no Hospedeiro Humano

Antônio Everaldo Lopes Ferreira[1], José Robério de Sousa Almeida[2].

Introdução

A maioria das pessoas sempre foi condicionada a pensar nas bactérias como sendo pequenas criaturas invisíveis e potencialmente perigosas. As bactérias estão associadas a várias doenças graves e até fatais. Mas, na verdade, apenas uma minoria delas causa problemas em seres humanos, animais, plantas e outros organismos, sendo inofensivas ou até benéficas para os mesmos.

As bactérias que beneficiam o ser humano formam a maior parte da microbiota normal ou flora normal. Vale lembrar que também fazem parte microbiota normal, os fungos e protozoários, mas estes serão descartados neste artigo, pois estão presentes em quantidades usualmente baixas. Os vírus não fazem parte da flora normal.

A flora bacteriana é adquirida pelo recém-nascido, logo durante o parto, especialmente quando passa pelo canal vaginal, onde estão presentes os diversos lactobacilos. O contato com as superfícies, a ingestão de alimento ou a inalação dos mesmos, também contribui para a inclusão da microbiota. Logo o lactante encontra-se repleto de bactérias na pele, no trato respiratório e digestório, este principalmente de Escherichia coli (PELCZAR, CHAN & KRIEG, 1996).

A relação das bactérias com o ser humano torna-se muito importante, uma vez que o homem e outros animais dependem dos micróbios em seus intestinos para a digestão e síntese de vitaminas (TORTORA, FUNKE & CASE, 2005). A microbiota normal do corpo humano inclui cerca de 100 trilhões de bactérias. Impressionado com isso, Pasteur considerou os micróbios essenciais à vida animal. Hoje sabemos que os germes não são absolutamente indispensáveis à vida animal. Por outro lado, estudos com animais germfree ou gnotobióticos (animais livres de germes conhecidos) apresentam desvantagens em relação aos animais normais. Por exemplo, animais germfree necessitam de mais vitaminas B, para o metabolismo, além de vitamina K, para a coagulação do sangue, esta que não é necessária em animais normais (PELCZAR, CHAN & KRIEG, 1996).

As relações mantidas entre a flora normal e hospedeiro humano são chamadas de simbiose (viver junto). A maioria das bactérias que compõe a flora normal são comensais: um dos organismos se beneficia, enquanto o outro não é adversamente afetado. Como exemplo, pode ser citado as corinebactérias que habitam o ouvido e os genitais externos. Outras apresentam uma associação mutualística com o hospedeiro, onde ambos são beneficiados. Um exemplo é a E. coli, que sintetizam vitaminas K e B, que são absorvidas pelo corpo e em troca o intestino fornece nutrientes para as bactérias (TORTORA, FUNKE & CASE, 2005).

A flora normal pode defender o hospedeiro contra possíveis patógenos por vários meios, através da competição pelos nutrientes disponíveis ou a formação de produtos metabólicos. Esse fenômeno, onde as bactérias previnem o crescimento excessivo de microrganismos nocivos, é chamado de antagonismo microbiano. O antagonismo microbiano pode ser verificado em várias partes do corpo, como na pele, na boca, no intestino e nos genitais.O pH da pele está entre 3 e 5, devido aos ácidos orgânicos como o ácido lático produzido pela flora normal. Este pH baixo pode inibir o crescimento de outros organismos que podem ser patogênicos para o humano. As glândulas sebáceas secretam lipídios complexos, que podem ser degradados em ácidos graxos de cadeias longas por bactérias como a Propionibacterium acnes, como ácido oléico, que são altamente inibitórios para outras bactérias (PELCZAR, CHAN & KRIEG, 1996). Na vagina a microbita normal inibi o crescimento do fungo Candida albicans mantendo o pH entre 3,5 – 4,5, este fungo não pode crescer nesse tipo de ambiente. Se a flora bacteriana for eliminada por antibióticos ou duchas excessivas, tornando o pH da vagina neutro, a C. albicans pode florescer e causar infecção vaginal. No intestino grosso a bactéria E. coli produz a proteína bacteriocina, que inibem o crescimento de bactérias relacionadas com micróbios patogênicos Salmonella e Shigella.

Outras bactérias inibem o crescimento da bactéria Clostridium difficile, possivelmente competindo por nutrientes ou produzindo bacteriocinas (TORTORA, FUNKE & CASE, 2005).

O uso prolongado de certos antibióticos pode eliminar muitos microrganismos intestinais normais e permitir o desenvolvimento de outros resistentes a antibióticos. Isto, por sua vez, pode provocar distúrbios gastrointetinais, como diarréia e constipação. A ingestão de grande quantidade de lactobacilos, como Lactobacillus acidophilus pode substituir os organismos intestinais indesejáveis por outros benéficos ou inofensivos e aliviar a desordem intestinal em alguns casos (PELCZAR, CHAN & KRIEG, 1996).


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